Sou a mesma...desde o dia em que nasci. Gosto do que sempre gostei, não gosto do que nunca me agradou. Meu caráter é o mesmo, meus conceitos, opiniões e verdades. Cresci, amadureci, mas não mudei.
Em uma coisa nunca fui muito boa: tomar decisões. Desde a cor da blusa que vestiria até a profissão que iria seguir. Lembro de minha adolescência problemática e grunge onde tudo em meu guarda-roupa era preto, xadrez ou com estampa de banda e ainda assim me demorava para escolher a combinação.
Até hoje isso é um grande problema. O negócio é que, quando crescemos, as decisões tendem a ser mais difíceis, implicam em consequências que nos atingem em níveis mais complexos e não apenas em que roqueiro vai estar estampado no peito.
Não gosto dessa brincadeira de ter que decidir, de ter que escolher entre o que quero e entre o que devo fazer.
O caminho certo nem sempre é o mais fácil, o que mais me agrada, sei que não posso e que, no final, vou sair machucada. É sempre assim. Conheço a estrada e não é de hoje...passei por ela tantas vezes...fui....voltei para catar os pedaços...sei exatamente como vai ser. É nesse momento que ela me espera, sorrateira, encolhida em um canto para, na hora certa, se postar na minha frente com ar de superioridade e dizer: "Está na hora. Escolhe." Tento desesperadamente recorrer à minha inteligência, à minha maturidade, mas minha mente tem um tendência um tanto quanto irritante de se submeter ao meu coração e de ignorar totalmente a racionalidade da coisa. Porque sim, você sabe que não pode comer aquele pedaço de torta, afinal, está em uma dieta rigorosíssima há meses...o que você faz? Não come aquele pedaço de torta, afinal, só você sabe o quanto sofreu para chegar até ali, certo? Errado! Você não só como aquele pedaço como vai até a confeitaria da esquina, compra um torta inteira e aproveita cada segundo dos dois minutos que você leva para devorar o que seria o suficiente para satisfazer oito pessoas. Depois bate o desespero, o arrependimento e você jura, por tudo o que é mais sagrado, que nunca mais vai colocar um doce na boca.
Na próxima semana está lá você, chorando, com o garfo na mão, prometendo o impossível mais um vez.
Acho que a essência das pessoas não muda mesmo. A vida pode até mudar gostos, vontades, porém o principal é aquilo desde a pré-escola.
ResponderExcluirEu gosto de jeito que você escreve, é tão "humano" e verdadeiro, sabe? É facil me identificar com esses textos. =)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirah, que isso! mas brigada =)
ResponderExcluireu sei como é... as palavras saem sem querer, é quase um desabafo que ninguem escuta, apenas lê.
sei!
ResponderExcluir"Honey, you can't always get what you want. "
ResponderExcluirQuem acredita sempre alcança ... =)
Mas tb achei foda o texto !
ResponderExcluiraah ok =)
ResponderExcluirre.spo@hotmail.com