"Sou um móbile solto no furacão.
Qualquer calmaria me dá...
...solidão".
Eu estava fuxicando meu computador e me deparei com um texto inacabado que começei a escrever aos 15 anos, em meus primeiros meses de Rio de Janeiro.
Fiquei nostálgica e resolvi postar.
"Ela andava pelas ruas e não reconhecia nada. O asfalto, o cheiro, as pessoas. Até o céu estava diferente. Todo dia se levantava e desejava acordar lá, bem longe, no lugar que ela conhecia. Os olhos que antes brilhavam de alegria, agora regavam com lágrimas o chão, denunciando seus passos tímidos. Nada mais fazia sentido, tudo que enxergava era um grande borrão, imagens distorcidas que para ela não faziam sentido. Um dia, no meio da noite, olhando para o céu estrelado, ela fez um pedido. Pediu para que a dor sumisse, para que o aperto em seu coração passasse, para que libertassem as borboletas presas em seu estômago.
Acordou com o sol iluminando seu rosto molhado. Respirou fundo e sentiu um cheiro novo pairando no ar. Tudo estava mais nítido e foi aqui que ela percebeu..."
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