Já estive bem perdida, sem saber para onde ir, que direção tomar. Por um momento cheguei a pensar que tinha desaprendido a respirar. Queria muito e fazia tudo.
Hoje quero pouco. Faço tudo sem fazer nada. Procuro a felicidade em mim mesma. Não espero, não quero esperar. Sei que existe um mundo de possibilidades fora de mim, e, no final das contas, temos que tomar decisões. Eu entendo.
Olhar para trás já não vale mais a pena, a dor, a expectativa. Projeto minhas esperanças em um futuro que construo hoje, baseado em coisas e pessoas palpáveis e não em sonhos idealizados. Fumo um cigarro, leio um livro, ando pela rua em um dia ensolarado, tomo um copo bem gelado de Coca-Cola zero. Porque quero, porque gosto, porque me dá prazer.
Muita coisa já não faz mais sentido, já não cabe dentro de mim, e não é meu destilá-las por aí. Guardo a sete chaves tudo o que foi. Espero com um sorriso no rosto tudo o que ainda está por vir.
Não sou um ideal de perfeição, não sou um clichê, não gosto dessa idéia. Finalmente consigo reconhecer a projeção do espelho que a muito estava vazia. Pode parecer feia, um pouco esquálida e até meio embaçada aos olhos de quem vê e não enxerga...mas é clara como água aos olhos de quem sente de dentro para fora.
Não mudo, não preciso mudar. Evoluo. São coisas diferentes, entende? A concordância, em uma frase, faz toda diferença.
Na vida não importa o resultado final. O que importa é o caminho que você tomou para chegar até ele. Isso é o que vai determinar se o preto está no branco ou se o branco está no preto. Se é Monet ou Van Gogh, Saramago ou Lispector.
A beleza está no que se deixa para o outro. No que desponta em seu peito ao som de uma batida conhecida. Mesmo que seja passado. Mesmo que não importe mais.
Minha vida é poesia e música. E é isso que quero deixar marcado no coração de quem lembra de mim.
Lindo. Como sempre. Entrentanto a quantidade exacerbadas de negativas me impressiona. Essa definitivamente não é você.
ResponderExcluirPessoas palpáveis?
Presente!
te amo.